Conheça Yara Flor, a nova Mulher-Maravilha brasileira nas HQs da DC Comics
A DC Comics apresentou nesta semana um evento que nasceu de forma controversa, passou por mudanças ao longo do ano e corria o risco de nem sair do papel. No final, foi confirmado com o nome de Future State e tem como propósito renovar o legado dos personagens icônicos com mais diversidade e juventude. E, para nós, brasileiros, tem um bônus: a Mulher-Maravilha deste evento nasceu em solo tupiniquim e se chama Yara Flor.
Bem, antes de chegar a Yara, vamos só entender o que significa esse evento, que vai acontecer em janeiro e fevereiro de 2021. A ideia inicial, chamada de 5G, era uma iniciativa do ex-editor-chefe Dan Didio, que, basicamente, tratava de posicionar uma quinta geração de heróis em uma revisão da linha cronológica da editora. Assim, durante o evento, os personagens mais icônicos seriam substituídos por modelos mais jovens.
A premissa parecia boa, mas Didio, que falhou com o reboot dos Novos 52 e vinha trazendo sagas e mais sagas com propostas muito semelhantes e sem o apelo característico da DC Comics, seu legado e Multiverso, entrou em choque com muita gente na editora. E um conflito em especial, com Scott Snyder e Geoff Johns, dois dos nomes que reergueram a companhia do fracasso dos Novos 52, culminou na demissão de Didio e na revisão do projeto 5G no começo deste ano.
Os meses passaram e o 5G então foi se transformando, até que a DC anunciou Future State, que aproveita a premissa de revisar o legado com novas versões de personagens icônicos. As histórias vão se passar em 2030, com o Superman tradicional fora do planeta e seu filho, Jonathan Kent, em seu lugar. Teremos um novo e enigmático Batman, enquanto Bruce Wayne será um tipo diferente de detetive. E, entre outras mudanças, há a Mulher-Maravilha brasileira.
Yara tem conexões com as amazonas
Ainda não dá para saber exatamente o que liga Yara Flor com as amazonas ou Diana Prince, mas provavelmente não é somente o fato do Brasil ter a Amazônia — assim esperamos. Segundo o editor da linha do Superman, Jamie S. Rich, que é responsável pelas histórias da nova Mulher-Maravilha, as conexões dela com as guerreiras mitológicas será um dos principais pontos da história.
“Iremos finalmente descobrir que existem conexões com as outras tribos das amazonas que estabelecemos. Yara tem alguma conexão com as amazonas, e parte do que vamos descobrir em sua origem é o que ativa sua posição, o que a torna Mulher-Maravilha nesta época. Ela é brasileira, mas foi imigrante da América. Mesmo que a vejamos atualmente ativa como Mulher-Maravilha, eventualmente descobriremos qual é sua origem — parcialmente com ela descobrindo o que isso significa, de onde ela é, por que ela é assim, como se relaciona com Diana e com as outras amazonas”, disse, em entrevista ao IGN.
Como dá para notar na prévia de sua imagem, ela tem a pele morena e segue um estereótipo com uma silhueta, digamos, “mais brasileira”, com o desenho destacando o quadril e um traje mais chamativo. Rich afirmou que Yara é o oposto de Diana Prince em várias maneiras. “Sua humanidade ainda está intacta e isso é muito importante. Do ponto de vista do leitor, o que isso significa para mim quando olho para esse personagem? Diana Prince é uma deusa, então ela está sempre um pouco acima de nós. Esta é uma chance de voltar às raízes iniciais da Mulher-Maravilha, quando Diana estava tentando ser humana e tentando aprender a ser humana. Agora estamos indo na direção oposta — como uma humana aprende a ser uma deusa?”, comentou.
O evento Future State acontece em vários títulos da DC Comics em janeiro e fevereiro de 2021.
Fonte: Canaltech