Estudante do Rio de Janeiro cria mochila que filtra água suja e a torna própria para consumo

Estudante do Rio de Janeiro cria mochila que filtra água suja e a torna própria para consumo

Você sabia? As lagoas da Barra da Tijuca e Jacarepaguá e a bacia de Sepetiba, na Zona Oeste do Rio, recebem, diariamente, milhões de litros de esgoto. Apesar desse cenário preocupante que o carioca vive, cinco estações de tratamento, que poderiam reduzir a poluição, foram desativadas. Questionada, a concessionária Zona Oeste Mais Saneamento, responsável de 22 bairros da Zona Oeste, afirmou que as estações paradas estão em processo de reativação.

O projeto já está atendendo alguns moradores da comunidade Jardim Gramacho, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense.

Pensando na escassez de saneamento básico que não só o Rio de Janeiro, mas todo o Brasil enfrenta, um estudante da PUC-Rio desenvolveu uma mochila que filtra água suja e a transforma em própria para o consumo. O projeto está fluindo tão bem que algumas famílias de Jardim Gramacho, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, já receberam o equipamento e estão testando em suas casas.

Início do sonho

O projeto é do estudante Rodrigo Belli, de 23 anos, e foi criado dentro da sala de aula durante um trabalho com outros colegas da PUC-Rio. Ele foi batizado de Água Camelo. O jovem, que estuda design de produto, explicou ao portal G1 que fornece um kit para que os usuários tenham acesso a uma fonte segura de água por até dez anos.

Segundo ele, a pessoa para ter água potável em casa, caso ela não seja abastecida por um encanamento até a casa dela, teria que realizar quatro etapas: captar a água, transportá-la para casa, armazenar e filtrar.

“A gente resolveu criar um Kit Camelo, que é composto por uma mochila, um filtro portátil de água e um suporte de parede. Eles conseguem solucionar essas 4 etapas”, declara o estudante.

A ideia de testar na prática começou em fevereiro e já levou água potável para 11 famílias, o que representa cerca de 50 pessoas. Como falamos no início da matéria, a atuação do projeto ocorre apenas no município de Duque de Caxias. De acordo com Rodrigo Belli, o objetivo é continuar no local pelos próximos meses. Ele ainda ressalta que, durante a pandemia de Covid-19, as entregas dos kits e a apresentação do equipamento atenderam todas as medidas de segurança impostas pela Organização Mundial da Saúde.

Ajude você também

Para ajudar a Água Camelo a chegar até as famílias que tanto necessitam, o projeto criou uma campanha de apadrinhamento. Devido ao custo de R$ 350 por cada kit, o projeto recebe doação por meio de um formulário que pode ser acessado aqui. Se você se interessou pela causa e quer saber mais, basta clicar aqui e visitar a rede social do projeto.

Estudante e administrador da iniciativa, Rodrigo conta que a Água Camelo o transformou e incentivou outras pessoas a investirem em projetos sociais.

“Se todo mundo botasse a mão na consciência e pensasse em como fazer a diferença no mundo, como gerar impacto, como tornar a vida de uma pessoa um pouquinho mais agradável, eu acho que teríamos inúmeros projetos assim como a Água Camelo impactando quem mais precisa”, finaliza o jovem.

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Fonte: adaptado Radio Rio de Janeiro

Maria Odete

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