Após ver sofrimento da mãe, brasileiro cria colchão para pessoas com fibromialgia e dor lombar
Quem tem algum tipo de dor lombar ou sofre de fibromialgia sabe o quanto é penoso dormir tranquilamente à noite. Depois de ver o sofrimento da mãe, um pesquisador brasileiro desenvolveu um colchão que alivia as dores dessas pessoas.
Dona Maria Célia tem 64 anos de idade e sofre de fibromialgia há 25 anos. O filho Jorge acompanha essa rotina da mãe, que não pode fazer tarefas simples, como dirigir, por exemplo.
“Acompanho as dores que ela sente e ver as limitações e o sofrimento da minha mãe foi o que me motivou a buscar alternativas e formas de melhorar a qualidade de vida das pessoas que convivem com a doença”, disse o professor Jorge Alves Júnior, coordenador do curso de Fisioterapia da da Faculdade Anhanguera de Taubaté-SP.
O projeto inovador é um colchão com um dispositivo que alivia a dor. Já imaginou poder se deitar sem ter que ficar procurando a melhor posição?
“Quando vamos comprar um colchão, a referência ideal para a densidade de espuma é sempre o peso e a altura da pessoa. Porém, analisando que o quadril é menor e mais pesado que os ombros, entendi que, quando nos deitamos, a gravidade empurra o quadril mais para baixo ocasionando um desnível entre os membros”, explica o professor.
Foi aí que ele percebeu que o colchão que alivia as dores nestas pessoas tem que ser personalizado, com as medidas do paciente e a densidade adequada no quadril. Abaixo delas é colocada uma outra placa de espuma de estabilização e, acima, outra irregular, que pode ajudar com pontos de pressão.
“As pessoas sempre vão em busca de um colchão confortável e nunca pensam na saúde. A ideia é unir conforto e clínica, diminuindo uma cultura de vícios posturais pelo menos durante o sono”, avaliou Jorge.
Nós passamos em média 8 horas dormindo por dia, ou seja, um terço das nossas vidas é em cima do colchão. A fibromialgia é a maior causa de doença crônica no Brasil, cerca de 10% da população adulta brasileira convive com a doença, principalmente as mulheres.
A mãe hoje é uma das colaboradoras da pesquisa, que está em fase de testes finais. “Eu fico ainda mais feliz por ver que meu trabalho pode trazer esperança e a possibilidade de ajudar uma das pessoas mais importantes da minha vida, além de contribuir para que tantas outras que também não conseguem realizar atividades corriqueiras possam ter, em breve, uma vida sem dor, com mais liberdade e independência”, finalizou.
Quando a gente une amor com ciência, razão e emoção, o resultado é lindo, né?!
Fonte: Razões Para Acreditar