Brasileira descobre óleo que acelera cicatrização em diabéticos

Brasileira descobre óleo que acelera cicatrização em diabéticos

Extrato da erva baleeira, encontrada no litoral brasileiro, é base de pomada criada por pesquisadora no Paraná e que ajuda a tratar feridas

A pesquisadora Jéssica Martim
A pesquisadora Jéssica Martim – Divulgação

Uma pesquisadora do Paraná descobriu que uma planta típica do litoral brasileiro pode ser a base para uma pomada capaz de acelerar a cicatrização em diabéticos. Trata-se da erva baleeira, também conhecida como maria-milagrosa, encontrada na vegetação de restinga, perto das praias.

A pesquisa foi conduzida pela mestranda em Biotecnologia Industrial Jéssica Kelly Pereira Martim, da Universidade Positivo de Curitiba (PR), com o apoio de quatro professores e alunos de iniciação científica, além das equipes dos laboratórios da instituição.

Segundo a bióloga, a descoberta pode ser uma alternativa importante para evitar o agravamento de lesões dos diabéticos. E dessa forma, reduzir amputações, que têm a diabetes como causa número um.

A bióloga Jéssica (à direita), em pesquisa com uso da erva baleeira
A bióloga Jéssica (à direita), em pesquisa com uso da erva baleeira – Divulgação

“Os diabéticos apresentam dificuldade de cicatrização por inibição da vascularização e baixa expressão de fatores de crescimento. A pomada trouxe como benefício uma melhora na eficácia e qualidade de cicatrização. Como a planta é conhecida por apresentar um fator anti-inflamatório bom, acredita-se que os compostos presentes nela estejam envolvidos no processo de cicatrização de forma eficiente”.

A descoberta atende um público crescente no país e no mundo. Estima-se que 6,9% da população brasileira conviva com o problema – cerca de 13 milhões de pessoas. Dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) mostram que a ocorrência da enfermidade avançou 62% no país na última década, especialmente devido ao envelhecimento da população, maus hábitos alimentares e falta de atividade física.

Segundo a professora do Mestrado e Doutorado em Biotecnologia Industrial da Universidade Positivo, Thaís Andrade Costa Casagrande, uma das responsáveis por orientar a respeito da metodologia e acompanhar o desenvolvimento da pesquisa, o produto já está sendo patenteado.

Fonte: R7

Maria Odete

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