Crianças de hospital escrevem cartas com mensagens de amor para cãoterapeuta doente
Um cãozinho terapeuta recebeu dezenas de cartinhas de gratidão e apoio das crianças do Hospital Universitário de Jundiaí (SP), depois que foi diagnosticado com um câncer.
Apollo, um golden retriever de 8 anos, integra a equipe do projeto ‘Cãoterapia’ do Hospital Universitário há dois anos. Desde então, ele conquistou o carinho das crianças, dos pais e funcionários do hospital.
A tutora do golden, Larissa Hoffmann Antunes, 29 anos, procurou o hospital em 2018 para oferecer o projeto.
O projeto foi tão bem recebido que Apollo virou um grande companheiro das crianças do hospital e, em um momento difícil, foram elas que deram forças para Apollo e a dona.
Recentemente, o golden retriever foi diagnosticado com um tumor na mandíbula e precisou passar por uma cirurgia. Ele precisou se afastar do hospital por um tempo, mas o carinho das crianças era tamanho que Tatiane Keller, coordenadora do voluntariado da unidade, criou uma ação para mandar boas energias ao cachorrinho.
O hospital colocou uma urna na recepção com uma foto de Apollo e uma mensagem, explicando o que ele estava passando.
Dezenas de cartas de apoio e agradecimento foram depositadas na urna e entregues à Larissa.
“Resolvemos retribuir o carinho do Apollo e também da Larissa para que ela soubesse que estávamos orando e mandando energias positivas”, explica Tatiane.
“Em uma [das cartas], uma menina colocou o telefone do pai dela na carta, no caso do Apollo precisar de carinho”, lembra.
Felizmente, o cão recebeu alta e para a felicidade das crianças, deve voltar ao hospital em fevereiro.
“Eu não sei nem descrever o que eu senti enquanto lia todas aquelas mensagens das crianças, aquelas boas energias, o carinho que as crianças, funcionários, os pais e mães das crianças têm pelo Apollo. Fiquei muito emocionada. É muito bom ver o quanto ele é querido. É muito bom ver que o nosso trabalho tem dado resultado. Isso nos deixou com ainda mais vontade de fazer bem a essas crianças, de levar alegria para o hospital”, conta.
“Nessas horas de enfermidade, a gente fica com o emocional muito abalado e eu tenho certeza que ele entedia tudo. Ele entendia minha angústia, minha tristeza e me fez um bem muito grande. Eu não sei nem explicar a importância dele na minha vida. Ele é mais do que meu cachorro, ele é meu grande amigo, um companheiro muito especial. Eu tenho certeza que ele entrou na minha vida por um propósito”, diz.
“O Apollo é o primeiro cão a fazer a ‘cãoterapia’ em Jundiaí. O projeto foi apresentado para o hospital e para o controle de infecção. Ele tem autorização para ficar na brinquedoteca e na recepção do hospital, mas não passa dentro da unidade. Claro, tem algumas condições para ele poder ir, como banho antes de ir até a unidade, vacinas em dia e também um laudo veterinário. Tem toda uma burocracia, afinal, é um cachorro dentro de um hospital”, explica a coordenadora do voluntariado.
Tatiane garante que a presença de Apollo auxilia (e muito!) no tratamento de muitas crianças.
“Ajuda de uma forma que a criança esquece a dor. Lógico, não é uma cura, mas a criança se abre mais para o tratamento e fica feliz com a presença dele. Ele é muito dócil. O ambiente hospitalar é pesado para uma criança e elas interagem tão bem com ele que o tempo passa mais rápido.”
Já Larissa diz que a interação e o carinho também fazem muito bem para o próprio Apollo, que sente falta do hospital e dos pacientes.
“Isso faz muito, muito bem para ele. Ele adora, ele ama crianças de paixão. Ele adora carinho, adora brincar. O Apollo fica feliz ao entrar no hospital, ele gosta. Eu senti que era minha vez de ajudá-lo. Ele me ajudou muito quando precisei e era minha vez de dar forças para ele”, finaliza.
Fonte: Razões para Acreditar