Doadora e receptora de medula se encontram pela primeira vez depois de um ano e meio do transplante

Doadora e receptora de medula se encontram pela primeira vez depois de um ano e meio do transplante

Uma história para encher o nosso coração de esperança nesse período natalino. Doadora e receptora de medula óssea, que viajaram mais de 2 mil km em 2021 para realizarem o transplante, se encontraram e se conheceram agora, um ano e meio depois.

“Estava muito ansiosa para encontrar a Duda e quando a encontrei fiquei muito feliz por poder abraçá-la, senti que finalmente tinha chegado o momento que esperamos por tanto tempo”, conta Giovanna Venarusso, que fez a doação.

Giovanna é psicóloga, tem 26 anos, e mora em São Paulo. Duda é técnica de enfermagem, tem 24 anos, e vive no Rio de Janeiro. O transplante aconteceu em Recife (PE), no Hospital Português de Beneficência, mais de 2 mil km distante da moradia das duas.

Foto: Arquivo Pessoal

Um ano e meio depois do transplante, o Redome (Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea) permitiu acesso às informações da doadora e Duda pode finalmente entrar em contato com Giovanna. Esta semana, as duas se encontraram no Rio.

Foto: Arquivo Pessoal

“Quando finalmente rolou o nosso encontro pessoalmente eu fiquei muito surpresa e chocada pois eu não imaginava que seria antes do tempo previsto por mim. Foi uma mistura de alegria, gratidão e amor pelo gesto tão lindo que ela fez por mim“, contou Duda.

“Eu orava muito por essa pessoa sem nem ao menos conhecer”

A história de Duda até esse encontro não foi fácil. Após muitas dores, idas e vindas aos médicos e hospitais, ela descobriu o diagnóstico de Leucemia Mielóide Aguda (LMA) secundária a uma mielo displasia.

Teve que fazer quimioterapia, mas a única esperança seria um transplante de medula. “eu tinha certeza que eu teria um hospital e um doador 100% compatível comigo”, conta.

Duda logo após receber o transplante. Foto: Arquivo Pessoal

No estado vizinho, a então estudante de psicologia Giovanna se cadastrava no Redome. Perguntada se faria tudo de novo, ela disse que “sim“.

Giovanna viajou mais de 2 mil km para doar medula. Foto: Arquivo Pessoal

Depois de receber a notícia de que tinha uma doadora compatível, Duda disse que orava todo dia pela pessoa, a quem hoje ela chama de irmã.

“A atitude da minha irmã (Gi) mudou totalmente a minha forma de olhar o mundo. Eu pude perceber que ainda há pessoas boas espalhadas pelo mundo. Ela se propôs a doar a medula e provou para todos que o amor ao próximo salva vidas! Eu ganhei uma irmã de sangue, uma grande amiga, uma psicóloga e mais uma integrante da família. Deus me presenteou com a vida dela”, disse Duda.

Três mulheres e um homem sorrindo para selfie
A família de Duda virou família de Giovanna também. Foto: Arquivo Pessoal

“Essa atitude me fez perceber que esse ato simples de doação é grandioso pra quem recebe, algo que só me dei conta com o tempo. Além disso, também me tornei doadora de sangue”, disse Giovanna.

Seja um doador!

Primeiro, ligue para o hemocentro mais próximo para saber se é possível realizar o cadastro, que é nacional e, por isso, você pode ser compatível com pacientes de todo o Brasil.

O cadastro funciona assim: o doador colhe um pouco de sangue e preenche uma ficha; depois, o sangue é analisado para identificar características genéticas compatíveis com pacientes que precisam da doação; os dados deste cruzamento são enviados ao Redome, que, então, entra em contato quando houver um paciente compatível; após mais alguns exames, a pessoa está apta a doar.

Para mais informações, visite o site.

Fonte: Razões para Acreditar

Maria Odete

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