Helicóptero Ingenuity faz seu primeiro voo em Marte
Voo do helicóptero de Marte
O helicóptero Engenhosidade (Ingenuity) comprovou que é possível que veículos movidos a hélice movam-se em atmosferas tão rarefeitas quanto a de Marte.
Devido ao retardo da transmissão, o veículo recebeu o comando de decolagem e teve que fazer tudo por conta própria, da decolagem ao pouso.
O pequeno helicóptero ascendeu a cerca de 3 metros de altitude e pousou com sucesso.
O helicóptero de Marte pesa 1,8kg e possui quatro lâminas de fibra de carbono dispostas em dois rotores muito longos (1,2 metro), que giram em direções opostas a cerca de 2.400 rpm.
Esta velocidade é muitas vezes maior do que a de um helicóptero na Terra, mas é necessária porque a atmosfera de Marte tem menos de 1% da densidade da atmosfera terrestre, o que torna muito mais difícil obter sustentação a partir de hélices.
Manobras radicais
A NASA anunciou que já deverá fazer um novo teste de voo do helicóptero amanhã, e vários outros nos dias seguintes. É necessário aproveitar as baterias do helicóptero, que foram totalmente carregadas enquanto ele ainda estava conectado ao robô Perseverança.
O veículo possui um pequeno painel solar acima dos seus rotores, mas não é certo por quanto tempo ele será capaz de garantir níveis de recarregamento necessários para o funcionamento completo do helicóptero.
O próximo voo incluirá “manobras mais radicais” do que simplesmente subir e pousar. O helicóptero deverá ascender, voar em linha reta na altitude atingida, fazer nova ascensão, novo voo, descenso, um último voo e, finalmente o pouso.Fotografado pelo robô Perseverança, o helicóptero Engenhosidade alcança cerca de três metros de altitude acima da superfície de Marte.
[Imagem: NASA/JPL-Caltech]
Veículos voadores em outros planetas
O pequeno Ingenuity não possui instrumentos científicos, sendo um experimento separado do rover Perseverança, o robô que levou o helicóptero preso à sua parte inferior e o depositou no solo há pouco mais de uma semana.
O êxito obtido com um helicóptero tão simples promete acrescentar uma nova dimensão à exploração de outros corpos celestes, com veículos voadores robóticos avançados que poderão ajudar em missões científicas ou de apoio.
Veículos voadores podem oferecer um ponto de vista único, não fornecido pelos orbitadores, que ficam alto demais, ou pelos robôs terrestres, confinados a uma área muito restrita. Eles podem mergulhar até o fundo de crateras, por exemplo, onde nossos robôs não chegam. E são muito mais controláveis do que os balões.
Fonte: Inovação Tecnológica