Homem viaja quase 3 mil km para adotar cão que teve patas amputadas após ser atropelado
![Homem viaja quase 3 mil km para adotar cão que teve patas amputadas após ser atropelado](https://mensagensdiadia.com.br/wp-content/uploads/2020/03/not-proposal-181.jpg)
Em julho de 2017, o cão Marvin foi atropelado por um carro quando atravessava a rodovia Régis Bittencourt (BR-116), em São Paulo (SP).
O impacto comprometeu suas patas traseiras, que precisaram ser amputadas. Marvin foi resgatado e tratado pela ONG Cão Sem Dono.
Infelizmente, dois anos se passaram e o vira-lata continuava aguardando um novo lar. Essa espera finalmente acabou no dia 25 de janeiro, quando o agente de viagens potiguar Everton Holanda cruzou o país para buscar o cãozinho.
![](https://www.portaldoanimal.org/wp-content/uploads/2020/03/83293953-117233709821839-7405807804935569408-o.jpg)
Ele partiu de Mossoró, município de 240 mil habitantes no interior do Rio Grande do Norte, até São Paulo, numa viagem de quase 3 mil quilômetros.
“Eu me penalizei, me sensibilizei com a situação e não coloquei obstáculos”, contou.
Everton deixou sua cidade natal e viajou até Fortaleza (CE) para pegar um voo até São Paulo. Buscou Marvin no abrigo e voltou no mesmo dia, também de avião. Na manhã seguinte, já estava em Mossoró. “Eu realmente só fui buscá-lo. Fui e voltei no mesmo dia.”
O agente de viagens conta que descobriu o cão em um post na página da ONG Cão sem dono nas redes sociais, que ele vinha seguindo há um ano, época em que adotou um filhote de pit bull.
![](https://www.portaldoanimal.org/wp-content/uploads/2020/03/83430907-114887870056423-7040522515742982144-n.jpg)
“Eu comecei a pesquisar sobre a raça, que não é nada daquilo que falam. Fui adicionando páginas e me era sugerido páginas de ONGs. Até que eu cheguei a história de Marvin”, explicou.
Diversos vídeos mostravam o resgate, tratamento e recuperação do cãozinho, chamando a atenção de Everton. “Sempre escreviam: ‘Eu sou o Marvin e meu sobrenome é superação’. Então resolvi colocar realmente o sobrenome de Superação”, falou.
“Eu sempre via as pessoas falando nos comentários que se morassem perto iriam adotá-lo, mas nunca ninguém adotava. Então decidi fazer isso.”
Ele conta que o relacionamento entre Marvin e o pit bull Bradock é tranquilo. “A primeira coisa que fiz quando cheguei em casa foi colocá-los próximos. Eles se dão muito bem. Saímos para passear juntos também”, contou.
Marvin tem 7 anos e leva uma vida adaptada depois do acidente, com a ingestão de medicamentos diários (que devem lhe acompanhar por toda a vida). Ele consegue se mover com as patas dianteiras.
![](https://www.portaldoanimal.org/wp-content/uploads/2020/03/divulgacao.jpg)
“Em casa, a gente não tem medo de que ele se arranhe, porque o piso é liso. Então, ele se arrasta e consegue se locomover. Caso ele vá para a parte de fora da casa, colocamos um ‘saco de arrasto’ para evitar que ele se machuque. Quando o levamos pra caminhar, aí usamos uma cadeirinha para caminhada, que ele ganhou de uma madrinha”, explicou.
O acidente de carro comprometeu a coluna e os nervos da bexiga de Marvin. Dessa maneira, ele não consegue controlar a urina.
“Ele faz xixi a qualquer hora em qualquer momento. Mas é preciso que a bexiga seja estimulada. Como ele se arrasta, geralmente esse estímulo acontece nesse movimento. Se não, eu preciso massagear a barriga dele”, falou.
Felizmente, o cãozinho tem se adaptado bem à nova família. “Ele morava praticamente no consultório da veterinária. Desde a primeira hora que chegamos, ele pareceu perceber que eu sou o tutor. Sempre está atrás de mim”, falou.
“Ele demonstra afeto e carinho por nós”, concluiu.
Fonte: Portal do Animal