Nordeste bate recorde de geração de energia eólica

Nordeste bate recorde de geração de energia eólica

Você sabia que vários projetos de energia eólica estão concentrados em cidades do Nordeste do Brasil? E, que quando o Nordeste gera muita energia eólica, distribui para outras regiões brasileiras? Isso, tem uma explicação. E, você irá poder entender lendo essa matéria e conhecer sobre a importância dos ventos para a geração de energia.

Os meteorologistas da Climatempo contam que no segundo semestre do ano as chuvas diminuem na maior parte do Nordeste e o nível de água dos reservatórios cai naturalmente, diminuindo a oferta de água para a produção de energia hidrelétrica. Mas, é justamente neste período que os ventos estão mais intensos, compensando os consumidores com a energia eólica em plena potência.

No Nordeste do Brasil, as condições favoráveis de vento levam a uma grande produção de energia eólica. Normalmente, nos meses de julho a setembro, é a época de ventos mais fortes na Região Nordeste, onde a velocidade pode alcançar até 60km por hora na faixa litorânea, devido aos ventos alísios, e uma média 40 km no interior.

Por causa desses ventos o Nordeste tem batido recordes sucessivos de geração de energia eólica. 

Em agosto passado, historicamente um mês de ventos fortes, foi registrado três recordes. O último corrido no dia 22/09 referente a capacidade instantânea de geração. Veja abaixo:Região bateu recorde de geração instantânea O monitoramento realizado no sistema elétrico brasileiro, feito pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), continua apontando recordes na geração de energia eólica no Nordeste. Os sistemas registraram, no sábado, dia 22 de Agosto, às 22h, novo pico de geração chegando, desta vez, a 10.169 MW, com um fator de capacidade de 81%. O montante é suficiente para abastecer naquele minuto 97% da demanda de toda a região Nordeste, ou seja, mais de 18 milhões de domicílios. O recorde anterior era de 10.121 MW, no dia 20 de junho de 2020. Historicamente, agosto costuma ser um mês de ventos fortes.  

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Foto: ABEEólica – Parque Aracati – CE

Safra de ventos

Historicamente, nos meses de agosto e setembro acontece a chamada “safra de ventos”. Por isso, nesta época, é comum haver os recordes anuais de produção. Segundo o ONS, a região é favorecida pela atuação de ventos com uma velocidade bem superior à necessária para geração de energia, além de ser unidirecional e estável, permitindo geração contínua.

De acordo com os meteorologistas da Climatempo, nesta quarta-feira, 09 de Setembro, além do sol forte há condições para pancadas de chuva no litoral entre Ilhéus (BA) e Natal (RN). Mas, o que irá chamar a atenção são as rajadas de vento entre 45 a 55km/h entre São Luís (MA) e Natal (RN) e nas áreas do interior do Ceará e de Pernambuco. Nestes locais, há uma concentração de parques eólicos para geração de energia.

Ranking dos maiores geradores 

Segundo dados do (ONS), a energia eólica representa 9,5% da capacidade instalada na matriz elétrica brasileira, ficando atrás da hidrelétrica (69,4%) e térmica (18,2%). Porém, a representatividade desse tipo de geração deve crescer nacionalmente nos próximos anos e atingir, até 2024, 11,4% da matriz. E o Nordeste promete ter muita relevância nesse cenário.

Em ordem de geração, dados de junho passado, divulgados pelo ONS, apontam que os estados da Bahia, Rio Grande do Norte e Piauí lideram o ranking dos maiores geradores da região. A Bahia com 2.357 MW; Rio Grande do Norte com 1.717 MW e Piauí com 1.022 MW. Essa energia gerada seria suficiente para atender 50 milhões de habitantes.

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No site da ABEEólica, os últimos dados registrados nesta terça-feira, 08 de setembro, mostram que o Brasil conta com 619 usinas instaladas com previsão de crescimento acelerado durante os próximos anos. A capacidade instalada é de 15,4GW. Por outro lado, possibilidades de instalações offshore também estão sendo consideradas e para acompanhar essa grande demanda a Climatempo vem desenvolvendo os melhores serviços de meteorologia para facilitar as tomadas de decisões e o planejamento no dia a dia operacional deste setor.

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Fonte: Climatempo

Maria Odete

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