Sem renda, amigas abrem brechó em garagem e mostram como se reinventar para conseguir pagar as contas

Sem renda, amigas abrem brechó em garagem e mostram como se reinventar para conseguir pagar as contas

Foi assim também com as amigas Bruna e Dani, que ficaram sem renda nenhuma. Para sobreviver na crise, elas montaram um brechó simples em uma garagem com as próprias roupas.

Longe do glamour das vitrines das grandes lojas, as amigas colocaram as roupas em cabides e penduraram no teto. “Eu mexendo no meu guarda-roupa, vi que tinha muitas roupas, sapatos, acessórios parados e ocupando espaço. Resolvi vender o que eu não usava mais pra ganhar uma grana pra sobreviver mesmo, pagar uma conta, comprar alimento”, disse Bruna.

Bruna trabalhava com eventos, setor que ficou totalmente parado. Dani trabalhava em uma empresa no setor administrativo e fazia bicos em eventos. Com a crise, ela foi desligada da empresa e não tinha como trabalhar nos eventos.

Duas amigas em selfie ao lado
Bruna e Dani trabalhavam juntas em eventos, segmento que parou na pandemia. Foto: Arquivo pessoal

“As contas não param de chegar e as ligações de cobranças também, infelizmente. Então ela teve essa ideia e eu topei arriscar, pelo menos pinga alguma coisa…”, disse Dani, que já conseguiu pagar uma conta atrasada.

Imagem de brechó com varais de roupas penduradas em garagem e duas mulheres brindando
Amigas brindaram após conseguir montar o brechó. Foto: Arquivo pessoal
Imagem de roupas penduradas em cabides no teto de garagem em brechó improvisado
Amigas pegaram as próprias roupas e colocaram para vender em garagem. Foto: Arquivo pessoal

A imagem do brechó improvisado comoveu os amigos e os familiares, que passaram a ajudar doando roupas e comprando peças. A garagem onde é feito o brechó é dividida com os vizinhos.

Brechó com roupas dispostas em garagem
Amigas conseguiram até sapatos para o brechó. Foto: Arquivo pessoal
Brechó com roupas dispostas em garagem
Garagem é compartilhada com vizinho, que abre mão do espaço aos sábados. Foto: Arquivo pessoal

Bruna tem 32 anos, é formada em Educação Física e trabalhava como recepcionista, garçonete, promotora e bartender. Ela mora com a mãe e os irmãos. Bruna realizou uma entrevista de trabalho recentemente e pode ser contratada em breve.

Duas amigas em selfie atrás de mesa completa de alimentos
Amigas não puderam mais trabalhar nos eventos. Foto: Arquivo pessoal

Dani tem 43 anos de idade, cursou administração, mas não chegou a concluir. Ela trabalhou por muitos anos em setores administrativos de várias empresas e tem experiência com eventos. Ela mora com o filho.

“Nesse meio tempo já fui fazer panfletagem, entregar currículo em mãos, postos de gasolina, enfim, em busca de um jeito para sobrevivência. Continuo na luta em busca por um emprego. Não sou mulher de ficar parada esperando cair nada do céu, tenho que correr atrás. ” disse essa mulher incrível.

Duas amigas em selfie ao lado
Foto: Arquivo pessoal

Certeza que vocês vão conseguir. Ah, e quem quiser dar uma passada para comprar alguma peça e ajudar, o brechó acontece todos os sábados das 9h às 19h na Rua Diogo Dias, 45, Jardim Mônica – SP.

“Estamos empolgadas com a ideia do brechó no momento e pretendemos investir, até conseguirmos arrumar um emprego. Tiramos como aprendizado dessa situação que o ser humano é adaptável e foi uma excelente oportunidade de nos redescobrirmos e reinventarmos. Pretendemos continuar com o brechó no futuro conciliando com nossos empregos”, finalizou Bruna.

Essas mulheres são guerreiras demais, prova viva da força do ser humano.

Fonte: Razões Para Acreditar

Maria Odete

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